A infecção por COVID gera uma série de alterações corporais, algumas delas pouco conhecidas. Há todo momento novas descobertas são evidenciadas, e infelizmente esta infecção ainda é, de certa maneira desconhecida. Um dos efeitos que vêm sendo observado é a queda capilar.
O relato sobre a perda dos fios tem se tornado comum entre pacientes que se recuperaram da doença. A perda dos fios, assim como dor de cabeça, fadiga, falta de ar e dificuldade de concentração, está relacionada ao que pesquisadores chamam de Covid-19 persistente, ou seja, quando os sintomas podem durar semanas e até meses após o paciente ter contraído o vírus. A queda de cabelo geralmente surge num período de até três meses.
Ainda não se sabe ao certo se isso acontece porque o coronavírus dá origem a uma doença capilar associada a reação autoimune do organismo (combate à infecção), se está ligado ao estresse por conta da doença, ou se existe algum outro fator ainda desconhecido. Segundo estudos recentes, a queda capilar ocorre em cerca de 25% dos pacientes, pois a infecção por COVID ocasiona uma inflamação no couro cabeludo e acelera a fase de eflúvio telógeno. Nessa situação, o corpo deixa de priorizar funções que não são consideradas essenciais para a sobrevivência e se normalmente, perdemos até 200 fios por dia, no eflúvio telógeno, esse número pode dobrar, o que diminui o volume geral do cabelo.
O ciclo do cabelo dura de dois a seis anos, divididos em três etapas: o fio cresce ao longo de mais ou menos três anos, na fase anágena; em seguida, passa de duas a três semanas na fase catágena, quando deixa de ser nutrido pelo folículo capilar e para de crescer para ser substituído; por fim, na fase telógena, que dura de três a quatro meses, o cabelo cai e um novo fio toma seu lugar.
Porém, alguns fatores podem interferir nesse ciclo, acelerando o eflúvio telógeno e antecipando o fim da vida do cabelo, com mais fios caindo do que crescendo. Nessa lista estão problemas emocionais, anemia, doenças autoimunes e infecciosas, como a Covid.
Existem tratamentos capilares que favorecem o fortalecimento dos fios, diminuem a queda e promovem o crescimento de novos fios, e que podem amenizar ou até mesmo eliminar esta queda observada após a infecção por COVID. Hoje no consultório eu alio diferentes estratégias para alcançar o resultado desejado, abaixo listo alguns aspectos que são pilares no tratamento capilar:
ACOMPANHAMENTO PROFISSIONAL ESPECIALIZADO:
Todos os pacientes devem ser acompanhados constantemente para que o resultado seja obtido. O tratamento capilar costuma delongar muito tempo para obtenção dos resultados, e por isso um bom acompanhamento por pelo menos 3 meses é fundamental.
SUPLEMENTAÇÃO ORAL:
Hoje há uma gama muito grande de ativos que tratam com eficiência a queda capilar, além de nutracêuticos importantes para que o organismo tenha substrato na formação do novo fio.
INTRADERMOTERAPIA:
Aplicação injetável no couro cabeludo de medicamentos e ativos específicos para cada caso é fundamental, desta maneira obtém-se uma biosdisponibilidade de 100% dos ativos que o couro cabeludo necessita, facilitando assim o processo de formação de novos fios.
MICROAGULHAMENTO CAPILAR:
Além do processo de drug delivery com ativos para crescimento capilar, este tratamento promove uma inflamação controlada do couro cabeludo, com liberação de fatores de crescimento endógenos, estimulação de produção de colágeno e aumento da vascularização no local, sendo uma técnica importante no tratamento.
Existem diversas alternativas de tratamento, a associação das mesmas e a personalização, farão com que haja de fato um resultado aparente e duradouro. Busque o melhor para você.